Uma curiosidade que me assombrava... qual a sensação de um mergulho no Ganga?
Primeiro mergulho: tentei me destituir de idéias tendenciosas, opniões e preconceitos e entrar com a mente o mais aberta possível. Qual a primeira impressão? GELADO!!! MUITO GELADO!!! Não dá para pensar em nada mais que isso! Mau humor, "bad vibration", realmente nada resiste a um choque térmico desses... A sensação de leveza após o choque é indiscutível. Muito boa. A ponto de, mesmo com o trauma do frio, você querer enfrentá-lo de novo... e de novo... e de novo.
Até que chega um dia, depois de muitos mergulhos, o frio ainda existe mas já não é algo relevante, e acontece só nos primeiros instantes . E a partir daí começamos a curtir de verdade, sem esforço, passando a explorar mais sensações... aumentando as experiências na água, arriscando práticas inusitadas.
O vício do Ganga! Todos os dias tínhamos que tomar nossa dose diária de Ganga. Não fazíamos como os hindus, dando os três ou sete mergulhinhos sequenciais, mas como autênticos mineiros nos esbaldando na "praia". Ensaios de natação, travessuras até as "ilhas" de pedras, as chatíssimas mas inevitáveis brincadeiras de empurrar na água, jogar água fria, brincadeiras com a areia e até mesmo "cerimônias religiosas" fizemos, ao nosso jeito, sem "ritualísticas e retorísticas", sem formalidades e convenções...
O "batismo" do pequeno Ravi no colo de "Padim Damião", com uma oração curta, simples e sincera... o "casamento" de Tarzan e Jane (depois falo porquê Tarzan), orando e celebrando nossa união em mergulhos de limpeza e fé... até a cerimônia de jogar o dentinho de leite da Florinha com pedidos e tudo, fizemos no Ganga, além de outras vivências pagãs...
"Nossa", "mágico", "espiritual"... o mergulho no Ganga é tudo isso mesmo e muito mais.
Infelizmente está cada vez mais sujo, e não sei até quando ele vai sobreviver...
O fato é que essa "moça", mesmo sendo muito fria, deixou um calor eterno em nossos corações, na forma de muitas recordações.
Cris
Até que chega um dia, depois de muitos mergulhos, o frio ainda existe mas já não é algo relevante, e acontece só nos primeiros instantes . E a partir daí começamos a curtir de verdade, sem esforço, passando a explorar mais sensações... aumentando as experiências na água, arriscando práticas inusitadas.
O vício do Ganga! Todos os dias tínhamos que tomar nossa dose diária de Ganga. Não fazíamos como os hindus, dando os três ou sete mergulhinhos sequenciais, mas como autênticos mineiros nos esbaldando na "praia". Ensaios de natação, travessuras até as "ilhas" de pedras, as chatíssimas mas inevitáveis brincadeiras de empurrar na água, jogar água fria, brincadeiras com a areia e até mesmo "cerimônias religiosas" fizemos, ao nosso jeito, sem "ritualísticas e retorísticas", sem formalidades e convenções...
O "batismo" do pequeno Ravi no colo de "Padim Damião", com uma oração curta, simples e sincera... o "casamento" de Tarzan e Jane (depois falo porquê Tarzan), orando e celebrando nossa união em mergulhos de limpeza e fé... até a cerimônia de jogar o dentinho de leite da Florinha com pedidos e tudo, fizemos no Ganga, além de outras vivências pagãs...
"Nossa", "mágico", "espiritual"... o mergulho no Ganga é tudo isso mesmo e muito mais.
Infelizmente está cada vez mais sujo, e não sei até quando ele vai sobreviver...
O fato é que essa "moça", mesmo sendo muito fria, deixou um calor eterno em nossos corações, na forma de muitas recordações.
Cris