segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dom Quixote contra os moinhos de vento


Quando se corre atrás de um sonho deve-se avaliar quais são os limites reais e aqueles criados pela mente. Avaliar com sinceridade, pois a mente encontra “razões que até a própria razão desconhece” para nos impedir de prosseguir adiante em nossos ideais.

Algumas dificuldades são realmente difíceis de transpor, como dobrar os ossos, atravessar paredes e vencer a gravidade. Mas até mesmo isso pode-se dar um jeitinho.

Outras situações nos parecem difíceis. Algumas distâncias nos parecem grandes, algumas montanhas parecem inalcançáveis, alguns objetivos impossíveis. Até o primeiro passo...

A partir dele, se desistimos nos primeiros obstáculos, se não levantamos nos primeiros tropeços, temos a ilusão de que nossos receios se concretizaram. “Eu sabia que isso ia dar errado”, “ Bem que me avisaram”.

É preciso ter pulso firme para não sucumbir aos primeiros fracassos e não encontrar mil e uma justificativas “prudentes” para desistir e não ceder a tentação de se entregar a um cômodo “entreguismo” e literalmente entregar o ouro para o bandido, sem uma luta das boas. Tendemos a sempre fugir das batalhas necessárias. Assim como Arjuna quis fazer fugindo à guerra que iria restabelecer a justiça. Todas as justificativas que ele encontrou eram válidas, “reais”, “justas”. Mas negavam o seu dever maior.

“ É preciso estar atento e forte” para não temer ou não deixar que o medo paralise os nervos, a ação, o pensamento e a intenção.

Mas creio que não existe satisfação mais poderosa do que a vitória após a persistência.

Cris e Rô

"It's all in your mind" *

Nossos limites são transponíveis.

Reais até o primeiro passo.

A partir daí percebemos que é tudo uma questão de ponto de vista....

De percepção.

Às vezes a distância me parece grande....




Cris

* George Harrison no desenho Yellow submarine

domingo, 31 de maio de 2009

Ironias da vida - Trocando de papéis


No trem de ida para Jaipur, uma mãe com duas crianças indianas ocuparam o assento à minha frente. Como a maioria das crianças indianas de hoje em dia, vestiam roupas tipicamente ocidentais, calças jeans, jacketa e boné.
A mãe certa hora perguntou o nome do meu filho e se surpreendeu quando eu disse: Ravi Chandra: " Indian name?" Como dizem sempre os indianos ao fazer a mesma pergunta. Quando perguntei os nomes das crianças, achei graça quando ela me disse : "Lucky and Happy!" American name?", eu disse..